Crítica: Sinais de Fogo, Jorge de Sena, 1979
Romance de formação artística, inacabado e vagamente autobiográfico, Sinais de Fogo não é um grande romance nem retrata a formação de um grande artista.
Uma Visão Optimista da Razão em Maquiavel
Sobre como só em circunstâncias esdrúxulas é que o poder pode ser considerado um fim por si só, a dependência que Maquiavel tem de uma determinação exacta do princípio e do fim dos efeitos, e sobre como o seu pensamento é de um optimismo salutar quanto à capacidade humana de avaliá-los.
Tez de Lua Cheia: Albinismo na Europa e África
Sobre a diferença na prevalência do albinismo entre a Europa e a África, explicando também em que consiste a condição e as dificuldades para quem vive com ela.
De Bond a Bondage
Um excurso sobre o conceito de obrigação financeira e toda a constelação de significados associados, desde aos primeiros títulos de dívida, aliás anteriores à moeda, até ao casamento e às práticas estéticas do sado-masoquismo.
A Arma de Fogo como Democratizadora das Relações Conflituosas entre Civis
Sobre uma perspectiva pouco familiar para o europeu comum: a arma de fogo como elemento que força uma igualdade no mundo dos confrontos físicos activos ou latentes.
Retórica e Dialéctica: a Má Reputação
Sobre como duas artes fundamentais na antiguidade para a robustez do pensamento e do discurso são hoje encaradas com desconfiança como meros artifícios de forma e não como substancialmente importantes.
Charlton Heston e a sua Trilogia Conservadora
Sobre as escolhas de carreira do actor Charlton Heston e como estas reflectem a sua tendência politicamente conservadora, em particular na trilogia Soylent Green, Planet of the Apes e Omega man.
Trump And The Poets
A pre-moral detailed and comprehensive analysis of the mental ground where Donald Trump operates, setting aside common myths about businessmen and politicians that often contribute to a very distorted and untrue view of his mode and ethos.
Crítica: O Cânone, 2021, ed. António M. Feijó, João R. Figueiredo, Miguel Tamen
Mais do que o ar de afronta e polémica com que entrou ou foi feito entrar no panoramal editorial português, este volume vale pela divulgação dos autores superiores que elenca.
Sobre a Defesa do Ambiente: o Alarmismo Ambiental e o Contexto Histórico dos Catastrofismos
Sobre as semelhanças entre o movimento ecológico do alarmismo ambiental contemporâneo e várias formas de inclinações neuróticas colectivas com tendência para o catastrofismo apocalíptico de outras eras da história da humanidade.
Crítica: Pra Cima de Puta e a Poética do Insulto
Uma análise curiosa à obra de Cristina Ferreira, estabelecendo que qualquer esteta que se preze só pode estar grato pela composição de gratuitidade verbal presente no livro, e só poderá apreciar com grande delícia o registo puramente formal e com pouco conteúdo do insulto que lá encontramos.
O Silêncio de Cordélia
Uma leitura da obra de William Shakespeare, King Lear, que coloca a culpa do mau caso das coisas na própria Cordélia, filha do velho rei, espécie de pirralha mimada que se recusa a jogar o jogo da linguagem.
Crítica: Groundhog Day (Harold Ramis e Danny Rubin, 1993)
Descrição da famosa comédia Groundhog Day, de Harold Ramis e Bill Murray, como uma alegoria de habituação à vida.
A Arte Sonora das Gravações de Campo
Sobre um género musical recente que, na sua forma mais extrema, propõe o registo do som ambiente de determinado espaço e a sua reprodução e interpretação enquanto pura obra musical e unidade composicional de pleno direito. Estas peças são conhecidas como field recordings ou soundscapes.
O Feminismo Hoje
Uma análise do movimento feminista na actualidade, com alguma aprofundada descrição e crítica das principais fases do movimento no Ocidente, e alguns pontos ontológicos decorrentes sobre o masculino e o feminino.
Crítica: Jazz Em Agosto: John Zorn Special Edition, Fundação Calouste Gulbenkian
Sobre o ciclo comemorativo dedicado ao compositor novaiorquino de música experimental e de vanguarda John Zorn.
Crítica: The Art of the Deal, Donald Trump, 1987
Written in 1987, at the inaugural peak of its popularity as a real estate tycoon, The Art of the Deal was initially thought of as an autobiography. But early on, ghostwriter Tony Schwartz realized that Trump's mental way is not given to reflections on the past, tending only to the absolutization of the present.