Edição: Junho 2024

Rumo ao verão: azulejaria, sociedades do controlo, o poema a falar, anti- imigração, a liberdade da caricatura, história de Portugal, as civilizações, A Ressaca, o jet lag e a Clean Feed.

O Azulejo como reflexão histórica de Portugal

Marco Serote Roos traz-nos um texto profusamente ilustrado sobre a azulejaria portuguesa e as suas fases históricas ao longo dos séculos, relacionando-as também com movimentos da história da arte e da cultura.

Post-Scriptum sobre as Sociedades de Controlo: Do Mundo Moderno ao Pós- Moderno

Tomás Rocha Correia escreve-nos sobre como no início de década de 90, Gilles Deleuze avançou as bases para a interpretação de um novo momento organizacional, interpretação que brotou, em termos analíticos, do trabalho desenvolvido (ao longo de todo o seu projeto filosófico) por Michel Foucault – a sociedade da disciplina.

Três frescos de Pompeia antiga.

Sobre Canções Anti- Estrangeiros e Anti-Imigração

Nota a propósito da canção “Ausländer Raus”, que se tem popularizado na Europa cética quanto a imigração. Como gostamos de perspectiva, abordamos outras canções de protesto de movimentos especificamente contra estrangeiros e contra imigração em geral ou vagas específicas de imigração.

Pôr o poema a falar

João Martins Duque traz-nos alguns breves apontamentos sobre interpretação, a história da crítica literária e comunidades intepretativas, relacionando vários autores dessas tradições do saber.

Três pedaços do antigamente: a invasão árabe da palestina pré-israelita, mural sobre o pacto germano-soviético e uma licença de piloto dos anos setenta.

Sobre o CES, as Denúncias de Assédio Moral e Sexual e o Ambiente Competitivo da Academia

Tivemos, nas últimas semanas, numa peça do jornal Expresso, finalmente acesso mais extenso e detalhado a relatos das cinco denunciantes que expuseram, em ocasiões diferentes e em graus distintos, alegações de abusos morais e sexuais da parte da direcção e de algumas figuras de relevo do Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, desde há alguns meses atrás. Aqui comentamos as alegações.

A Liberdade da Caricatura: uma Galeria com Várias Representações Recentes em Portugal e Estrangeiro

A indignação algo performativa de uma jornalista brasileira em Portugal aquando de ser caricaturada numa representação visual levou-nos a elencar esta magnífica e celebrativa galeria de caricaturas políticas e não só.

Novidades, graças e curiosidades nas ciências exactas.

Oito Desenhos sobre Programas Eleitorais

Uma nova série temática do artista plástico Rui Cavaleiro, desta vez dedicada a visões sumárias e criativas sobre os vários tipos de promessas eleitorais que podemos encontrar no mundo da política e na arena da propaganda que antecede eleições.

Europa Doce

Divertido trabalho de Pedro Brito retratando algumas figuras relacionadas com as últimas eleições para o parlamento europeu.

Sobre filosofia.

Um Trecho: A Vida do Condestável Nuno Álvares Pereira

Citação relacionada com Nuno Álvares Pereira proveniente da obra “Vida do Santo Condestável”, de Henrique Barrilaro Ruas.

Aspetos da vida comum na Cidade de Lisboa, no séc. XIV, tendo em conta a análise de um pergaminho

Texto sobre a cidade de Lisboa com base em um fólio da Chancelaria de D. Fernando do séc. XIV.

Na academia.

Sugestões de Leitura: Grandes Compêndios de História da Humanidade


Entre algumas obra de importância antropológica notável e outros de acessibilidade ao leitor comum, estes volumes relacionados com a história da civilização permitem colocar em perspetiva assunções que temos sobre valores universais, valores locais e culturais, e aprender não apenas a distingui-los mas a saber como são simbioticamente relacionados uns com os outros.

Crítica: A Ressaca (Todd Phillips, 2009)


Adolfo Rolando Dias observa como o que sucede na ressaca é uma história de detectives, semelhante à exegese de geneologias: perceber o que existiu antes – seja “o início” ex nihilo ou, neste caso, pós narcótico. Um mundo anti tabula rasa, a favor de universo sem princípio e das coisas sempre existentes: esta é a teoria ontológica que o filme sugere.

Os funnies deste mês: sobre a imperfeição das democracias, o nosso lugar no cosmos e o activismo climático.

O Mecanismo do Jet Lag

Nuno Lopes Margalha escreve-nos sobre o fenómeno do jet lag. Não é possível dar corda à realidade, nem ela aceita pilhas. Como se isso não bastasse, revela-se imprecisa, pouco fiável e imprevisível, e na maioria das vezes, simplesmente não nos agrada. No entanto, rejeitá-la acarreta consequências indesejadas. O jet lag é um exemplo paradigmático dessa rejeição corporal da realidade.

O manifesto de um sonho azul

Sofia Alexandra Carvalho traz-nos mais uma vez, enquadrada na sua rubrica SKieron, uma re-publicação de uma excelente peça da sua autoria na plataforma jazz.pt sobre uma editora fundamental na história do jazz contemporâneo: a portuguesa Clean Feed.

Poder e Agência Feminina no Hinduísmo: um Estudo em Portugal

Por último, três oldies. O primeiro, de Helena Maurício Santana, sobre estratégias de poder feminino em contexto migratório no grupo feminino hindu em Portugal.

O Discurso sobre a Roma Antiga em Olavo de Carvalho

Em segundo lugar, Daniel Pradera traz-nos uma análise da retórica utilizada por Olavo de Carvalho em relação à história da Roma Antiga.

Lembrar Júlio Dinis

E por último, Sebastião Nobre Viana escreve um louvor do romancista novecentista Júlio Dinis, por vezes imerecidamente visto como escritor menor.