Breve descrição dos conceitos básicos relacionados com os instrumentos lógicos dos mundos possíveis e da modalidade.
Texto de Mariana Patrícia Henriques Franco Teixeira da Silva. Revisão de Ricardo Fortunato. Imagem: Possible Worlds, James Ormiston: http://jamesormiston.uk/Possible-Worlds.
O que são mundos possíveis?
Para alguns filósofos, falar do conceito de mundos possíveis é equivalente a falar de ficções ou reconstruções do mundo atual em que vivemos. Antes de iniciar a descrição do conceito, é necessário afirmar que quando mencionamos mundos possíveis não estamos a comprometer-nos com as teorias que dizem respeito à existência de vários universos (como nas famosas multiverse theories). Uma distinção a assinalar aqui é que os mundos possíveis não interagem com o mundo atual no qual existimos; ou seja, não existe qualquer tipo de caraterística externa que afete a linha na qual existimos, assim como não existe forma de viajar entre o mundo existente e os mundos possíveis. Se por acaso fosse descoberto algo que se considerasse uma “outra dimensão” da nossa existência, essa seria na verdade ainda parte do mundo atual — pois não faria parte duma possibilidade exterior de como algo poderia ter sido, mas sim uma extensão da nossa realidade atual.
Na definição de Umberto Eco:
1) um mundo possível é um estado de coisas possível, expresso por um conjunto de proposições relevantes, onde para cada proposição ou p ou ~p;
(2) como tal, apresenta um conjunto de possíveis indivíduos, juntamente com as suas propriedades;
(3) uma vez que algumas dessas propriedades ou predicados são ações, um mundo possível é também, um mundo possível é também, um possível curso de acontecimentos;
(4) uma vez que este curso de acontecimentos não é real, este deve depender das atitudes proposicionais de alguém: por outras palavras, os mundos possíveis são mundos imaginados, credíveis, desejados e assim por diante.
(Eco, 1984: 219)
Quando falamos de possibilidade e necessidade, há dois tipos de formações frásicas que utilizamos. Podemos afirmar que (1) algo é o desfecho mais provável ou necessário para uma situação, ou afirmar também que (2) poderá haver uma série de diferentes desfechos para essa mesma situação. Se no primeiro caso estamos a reger-nos pelas leis das probabilidades mais restritas, neste último caso estamos a explorar outro tipo de seguimento, ou seja, a expandir a manta das possibilidades e das considerações a outro conjunto de factos que possam influenciar todo o curso das nossas ações. Portanto, quando falamos de mundos possíveis, estamos a falar de uma forma de como o decorrer das coisas mundanas poderia ter sido, e não apenas como (1) foi e como (2) era provável que fosse.
Mas porquê mencionar este tipo de cenários? Porque quando pensamos em termos teóricos a possibilidade e necessidade de determinados estados de coisas, quando estamos a ponderar sobre as mesmas, é fácil seguir um caminho errado: nem sempre a assunção de como as coisas foram, ou são, ou é provável que fossem, nos traz toda a abrangência de perspectivas necessária. Com isto, compreendemos que simplesmente por consideramos, no nosso processo de pensamento, como as coisas poderiam ter sido ou podem ser, torna-se muito mais difícil cometer erros crassos no seguimento do nosso raciocínio em relação a certezas de conhecimento quanto ao mundo actual. Encontramos assim no uso da modalidade — uma ferramenta de pensamento bastante útil para todo o tipo de situações, que definiremos daqui a pouco.
David Lewis em relação a mundos possíveis
Um dos filósofos mais influentes neste campo foi o britânico David Kellogg Lewis (1917-2002), que afirma que os mundos possíveis são reais e não apenas entidades meramente ficcionais ou reconstruções hipotéticas. Outros filósofos, que antes de Lewis utilizaram o termo mundos possíveis, falam-nos destes de forma abstrata. Mas Lewis assevera que, ao nível da lógica, existem infinitos mundos possíveis, todos concretos, ou seja, tão reais quanto o mundo atual no qual nos inserimos. No princípio de On the Plurality of Worlds Lewis descreve como o mundo actual em que vivemos “(…) é uma coisa muito inclusiva. Cada pau, cada pedra que vocês já viram fazem parte do mundo. E também faço eu e tu”. No seguimento desta descrição, acaba por acrescer elementos à sua lista, mencionando o planeta terra, o sistema solar, a via láctea, as galáxias e o espaço vazio, de modo a concluir que “não há nada que esteja tão longe de nós que não faça parte do nosso mundo”. Começa por mencionar algo pequeno, parte da actualidade presente, e vai ampliando a escala e distanciando a proximidade objectiva e conceptual, de modo a esclarecer ao extremo a totalidade de que é formado o mundo. No campo temporal, também não menciona apenas o que decorre no agora, mas similarmente o que ocorreu no passado e ocorrerá no futuro. A posição tomada por este filósofo intitula-se de realismo modal: baseia-se numa série de premissas, a saber: (1) que existem mundos possíveis tão reais quanto o nosso mundo; (2) que são o mesmo tipo de coisas que o nosso mundo, diferindo em conteúdo e não em espécie; (3) que não podem ser reduzidos a algo mais básico, sendo entidades irredutíveis; (4) que quando nos referimos ao nosso mundo “real”, o termo “real” é indexical (indicando apenas um estado particular de coisas ); (5) que são espaço-temporalmente isolados uns dos outros; (6) e que são causalmente isolados uns dos outros, dado que não interagem entre si.
Williard van Orman Quine, antecedendo Lewis, sugeriu que os indivíduos devem acreditar somente nas coisas que as nossas melhores teorias afirmam que existem, pois desta forma existe a melhor explicação possível para afirmar algo. Esta é uma posição comprometida com as leis da probabilidade e do coerentismo. Para Quine, se não acreditássemos em certas teorias, acabaríamos por levantar um número infinito de questões que levariam à negação de qualquer valor de verdade e de substância do conhecimento. Negando assim a dissolução no niilismo, este filósofo admite não ser fácil falsificar o estatuto de real das construções da modalidade — os mundos possíveis — mas refugia-se na probabilidade desse estatuto ser dada pelas melhores teorias, no mercado das ideias, por assim dizer.
Mas se Lewis segue o seu professor, Quine, utilizando o pensamento deste para determinar as suas asserções primeiras, acredita também que o estatuto de real dos mundos possíveis acaba por se esclarecer na modalidade. Seguindo as teorias propostas por Quine, por exemplo, no famoso artigo “Two Dogmas of Empiricism”, Lewis estipula, através de demonstrações lógicas, que o que faz afirmações modais verdadeiras é o mesmo que faz com que afirmações de cariz normal sejam também verdade. Ele afirma que o conceito de verdade é o mesmo em todo esse campo de argumentos. Ainda que a teoria de Lewis possua um caráter pouco fiável em relação ao número de coisas que declara que existem, é simultaneamente um pouco convencional em relação à quantidade de tipos de coisas que diz existir — mas esta é uma questão que fica para quem quiser aventurar-se em leituras mais extensas deste autor.
De acordo com este filósofo, a teoria de mundos possíveis é-nos de grande utilidade; no entanto, existe ainda um debate na filosofia contemporânea especializada em relação a se é necessário ou não acreditar na existência desses mesmos mundos. A questão colocada é plausível, pois poderá vir a existir algum tipo de teoria que concretize tudo aquilo que a teoria de mundos possíveis concretiza, sem a necessidade de comprometimento com a crença de que esses mundos realmente existem. Não é certo que seja totalmente necessário que esses mundos existam, pois quando se diz “isto não teria acontecido se determinada ação tivesse decorrido em vez de outra” não estamos necessariamente a mencionar um mundo real, mas sim uma versão modelar — ou seja, o mecanismo que nos fez chegar a esta conclusão, a um outro tipo de resultado que simplesmente fosse constituído por outros fatores, é o mesmo mecanismo que nos permite estipular o mundo existente. De acordo com esses trabalhos lógicos destes filósofos, a ideia de que existem efetivamente outros mundos reais, que não se encontram relacionados com o nosso pelo espaço e tempo mas sim de forma interna, não deverá ser algo que tenha de ser necessariamente negado, sendo apenas uma premissa questionável.
Plantinga em relação a mundos Possíveis
Alvin Plantinga (1932-) expressa a sua opinião sobre a problemática em específico e sobre o seu pensamento geral em relação a este tema no seu livro Actualism and Possible Worlds. O autor faz-nos ponderar sobre as propriedades que uma proposição precisa de conter para ser necessária ou para um certo objeto ter uma propriedade de modo essencial ou necessário. Uma proposição é necessária se e somente se for verdadeira em todos os mundos possíveis; ou seja, o que é necessário não varia de mundo para mundo, pois os mesmos critérios são necessários em todos os casos. O que faz com que algo, se for verdadeiro em todos os mundos possíveis, seja necessariamente verdadeiro também no mundo atual.
O autor apresenta-nos uma teoria um pouco mais moderada que a de Lewis: o atualismo. Para os defensores desta teoria, apenas existem realmente as coisas que se encontram em ato e não aquelas que se encontram em potência (em termos aristotélicos): ou seja, apenas existem os objetos que são constituintes presentes na actualidade do mundo presente. Ao contrário de Lewis, que afirma que todos os outros mundos possíveis são reais, Plantinga assegura que não o são de todo e não passam de meras possibilidades que poderiam ter sido mas que não se concretizaram. Portanto, para o autor, os mundos possíveis existem mas não são reais, não transpondo a linha de serem meras proposições, pois não se afere a existência de universos concretos que reflitam essas essas proposições. Esta é a diferença fundamental entre os pontos de vista dos dois filósofos quanto à categorização de existência dos mundos possíveis.
A posição de Plantinga é plausível; no entanto, a sua teoria acaba por cair num ciclo vicioso quando utiliza justificações de forma circular, o que faz com que caiamos no erro de sermos capazes de afirmar que todo o tipo de proposições é verdadeiro — e que representa um decaimento do uso dos instrumentos da lógica, aproximando-se perigosamente no vazio niilista de achar que tudo é justificável e, ao mesmo tempo, do seu contraponto: o cepticismo de achar que nada é justificável.
Modalidade
O conceito da modalidade pode assim definir-se como o estudo das possibilidades e impossibilidades a partir de determinado estado de coisas, compreendendo quais são as necessidades e contingências posteriores de cada cenário lógico. Quando mencionamos o termo “necessidade” estamos a referir-nos a afirmações como, por exemplo, “dois mais dois é igual a quatro”; contingência, por sua vez, refere-se a afirmações do género “é contingente que eu exista”.
Para explicar, ou, melhor, explanar, o que este tipo de proposições expressa em concreto, a filosofia proporciona-nos os cenários dos mundos possíveis. É necessário chamar a atenção para o seguinte pormenor: nem sempre estamos a imaginar como poderia ser um mundo inteiro quando nos referimos a outros mundos possíveis. Por vezes, as possibilidades apresentadas referem-se apenas a pequenas partes de determinado mundo, que, ao serem modificadas, constituiriam todo outro percurso diferente do actual.
Com a utilização da modalidade, recebemos uma visão mais precisa da totalidade do real, ou seja, uma visão de como as coisas realmente são (o mundo atual) em virtude também do que poderiam ser ou ter sido ou vir a ser (o mundo possível). Algo que é imprescindível saber, à partida, antes da teoria ser aplicada, é a forma como as coisas são na actualidade; a partir daí, parte-se para a questão de se será essa a única forma de como as coisas poderão ser, e quais são as alternativas (no âmbito das contingências), ou se haverá sequer alternativas (no âmbito da necessidade). Ou seja, o que poderia ser ou ter sido diferente, e o que nunca poderia ter sido diferente por ser necessário.
Uma explicação reducionista, e não necessariamente inócua, para as coisas serem da forma que são é a de que este é o único modo possível de que podem ser. A partir do momento em que questionamos esta afirmação, levantamos a questão em prol de outras alternativas. Posto isto, iniciamos uma linha de pensamento na qual nos questionamos: se existem outras formas possíveis para o decorrer desta linha temporal, porque é que não estamos num desses outros caminhos?
Nesta problemática filosófica, particular do campo da metafísica, a possibilidade e necessidade são dois fatores bastante relevantes. Para uma resposta à questão colocada acima, primeiro que tudo há que avaliar os argumentos, no sentido em que os estimamos, primeiro, como válidos, e segundo, como bons ou maus dentro de um determinado sistema de pensamento. Os mundos possíveis servem-nos assim como veículo para compreender argumentos ou explorar como as coisas poderiam ser, de acordo com o seguimento das normas da lógica (e não como veículo de transmissão entre um mundo e outro): por exemplo, a teoria de é-nos de grande uso para verificar contradições, pois é inexequível as coisas serem e simultaneamente não serem.
Todo o tipo de argumento depende de considerações modais. Ora, quando fazemos uma afirmação do género “era possível eu ter nascido de outra forma” (exemplo: morena/sem mão/sem um dedo) estamos a mencionar um cenário hipotético no qual as características da nossa existência poderiam ser diferentes das atuais. Neste tipo de casos, não estamos a analisar um género de conceito matemático, como no exemplo, que dois mais dois é igual a quatro, e de qualquer forma, continua a parecer algo plausível de se declarar. Quando formamos afirmações deste tipo, estamos a criar afirmações modais, e estas, parecem de facto ser reais e aceitáveis, mas como? A isto, é fácil de responder. Por exemplo, quando afirmo que “era possível eu ter nascido de determinada forma (por exemplo, sem uma mão)” é verdade, se em algum mundo possível exista um “eu” que realmentetenha nascido sem mão.
Existe ainda outro tipo de afirmações dentro das que englobam a possibilidade, a que chamamos de contrafactuais. São afirmações nas quais dizemos que algo poderia ter acontecido se os factos tivessem decorrido de forma diferente (o atentado de 11 de Setembro não teria acontecido se nenhum avião tivesse embatido nas Torres Gémeas). Estes tipos de afirmações não podem ser consideradas verdadeiras com base em factos do mundo real, pois são formadas a partir de um conjunto de descrições de factos baseados em como de como o mundo não é.
Dizer que de determinada coisa se segue outra é dizer que nesse possível mundo concreto, que é um pouco mais parecido com o nosso, se algo é verdadeiro, aquilo de que se segue é também verdadeiro. E o facto de este tipo de afirmações não ser baseado em acontecimentos verídicos não faz com que uma afirmação contrafactual não seja verdadeira dentro desse campo lógico. David Lewis acaba por fazer também uma boa contribuição para este tópico, pois as suas teses têm a capacidade de resolver alguns problemas em relação a contrafactuais.
Lewis, considerado um contextualista, diz-nos que o conhecimento de algo é relativo de acordo com o contexto. Saber algo é saber que algo é verdade em vez de outra coisat ou, de uma forma mais radical, saber que algo é válido, enquanto o seu contrário não — embora a exigência deste grau de conhecimento seja maior. A teoria implica que se conheçam as opções de que dispomos à partida, logo é inerentemente contextual.
Um mundo possível para os mundos possíveis
Parece evidente assim que todos os tipos de reivindicações modais são de grande importância, pois estamos a considerar coisas que são possíveis ou que são necessárias: e estas afirmações são feitas pelos indivíduos a toda a hora, no âmbito do conhecimento e da linguagem comum. O que levanta outra questão de nível formal e filosófico: estas afirmações são verdadeiras em virtude de quê? Dando um exemplo de um cavalo cor de rosa, um indivíduo pode declarar ser possível a existência de um cavalo cor de rosa, apesar de não existir forma de confirmar tal facto, pois no mundo onde estamos inseridos não é conhecido nenhum tipo de cavalo com essa característica. Isto leva-nos a compreender um pouco mais sobre a necessidade de refletir sobre outros mundos, mundos possíveis, onde possivelmente exista uma coisa que não existe neste.
O que a teoria de mundos possíveis nos oferece é a capacidade de fazer com que as nossas reivindicações modais se tornem verdadeiras, o que faz tambémuma espécie de efeito ao nível do conhecimento e do cepticismo do conhecimento neste mundo: acabamos por desmistificar a natureza do que supostamente é possível. Com David Lewis é muito possível cumprir estes objetivos, já que afirma que realmente existem mundos possíveis, o que faz com que todas as possibilidades que possamos imaginar se tornem reais e com fundamento de verdade ao nível das validações lógicas. Se esta crença de Lewis parece um pouco exagerada à partida, no entanto formalmente parece resolver as questões fundamentais.
Ao pensar noutros conjuntos de mundos, o indivíduo detém a aptidão de calcular quais seriam as diversas propriedades possíveis que um mundo poderia conter e daí extrapola também de volta para as possibilidades e necessidades e constituíram este mundo que habitamos. Mas em ambos os casos é necessário estabelecer os tipos de proposições que são ou não aceitáveis, dado que os mundos possíveis existem precisamente no reino da possibilidade e não da impossibilidade: não pode, por exemplo, existir e ao mesmo tempo não existir um cavalo cor de rosa num outro mundo possível. É esta espécie de âncora, a da possibilidade e não da impossibilidade, que mantém os mundos possíveis e o mundo actual e presente no mesmo patamar.
Os mundos possíveis são uma ferramenta que utilizamos para pensar em como as coisas poderiam ter sido, como poderão ser e também como necessitavam de ser. Um dos exemplos mais questionado pela tradição da filosofia é o da existência ou não existência de Deus: com a utilização desta ferramenta na lógica podemos eventualmente afirmar, de acordo com alguns autores, que Deus existe e que é uma coisa necessária, pois algo apenas é existente e necessário neste mundo atual se o for também em todos os outros mundos. Este modo de prova do divino foi já utilizado por vários autores e não é certo que leve a alguma conclusão definitiva, pois se rege apenas pelos terrenos da lógica, e não fora dela.
Podemos por fim concluir que esta ferramenta nos serve não só para nos enriquecer enquanto indivíduos dotados de poder de decisão e imaginação — ou seja, tanto como actores do mundo concreto como também quanto sujeitos que se imiscuem naquilo que não existe, no mundo ficcional — mas também para propor cenários a partir dos quais podemos obter outras informações acerca do cenário específico que constitui o nosso próprio mundo. É de facto misterioso como um indivíduo consegue postular factos em relação a coisas que não existem ou não aconteceram, utilizando apenas a imaginação, sendo esta provavelmente uma das faculdades mais distintivas do homem em relação aos restantes animais. Mas, apesar disso, o dispositivo dos mundos possíveis é apenas uma ferramenta para uso na lógica e no senso-comum, pois a relação entre como as coisas nos parecem ser ou poderiam ser não é de todo um guia para a nossa existência. Se assim fosse, teríamos de ser céticos em relação a tudo, e não é assim que a nossa vida procede.
Bibliografia
LEWIS, David. 1986. On the Plurality of Worlds. Oxford: Blackwell,
PLANTINGA, Alvin. 1976. Actualism and Possible Worlds, Theoria 42.
ROCHA, R. M. 2010. O Realismo Modal de David Lewis: uma opção pragmática. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – UFG, Goiânia, 2012.
ARRUDA, J. M. Mundos Possíveis: realismo modal extremo e atualismo modal. In: C. L.
JACOBS, J. A powers theory of modality: or, how I learned to stop worrying and reject possible worlds. Springer Link, Ed. Philosophical Studies, 2009. DOI: 10.1007/s11098- 009-9427-1