Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh’alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.[1]
É fundamental reconhecer uma abordagem particular de leitura para o poema Ode Marítima, de Álvaro de Campos, que não pretenda ser um método definitivo. Ao expressar isso, quero lembrar aos especialistas que o estudo de poesia exige aventurar-se além dos limites do que já se sabe sobre o próprio poema, a fim de que possamos compreender e apreciar plenamente os princípios que sustentam a autonomia poética.
Esse último encontro acontece durante a chegada do primeiro paquete. É cedo, e, sob forte iluminação, a fisicalidade dos objetos em qualquer paisagem torna-se instável. A abundância de conceitos oprime. O presente, o fugaz e o eterno se manifestam definitivos. Nisso mora o cansaço e o tédio, que, pela sua existência tangível, esgota as faculdades de contemplação, “onde se instala a indiscutível intervenção do sobrenatural e o começo da angústia, sob o qual agoniza o espírito há pouco poderoso”[2].
Tanto aqui como ali, a Ode Marítima mostra a sua existência e a natureza misteriosa dos seus traços. Quaisquer ideias de localização, espaço e limites perdem o sentido. A forma tangível dos seus limites não pode ser simplificada em algo claro e imutável. Os seus versos superam o que pode ser percebido como irreal e, por meio da linguagem, expressam a potência dos símbolos marinhos, que, fragmentados e ocultos, se transformam no domínio das objetividades náuticas, que há muito são restringidas por interpretações limitadas.
A chegada do paquete, que entra pela barra após cantadas todas as épicas, liga-se à existência de cantos anteriores, surgindo como murmúrio do passado[3]. A compreensão do poema parece acenar à profunda ligação de Álvaro de Campos com tudo que, em sua abordagem apaixonada e dinâmica, se apropria dos múltiplos elementos da vida marítima como forma de compreensão. Nesse sentido, portanto, a ondulação dos versos capta a natureza das sensações, revelando o complexo funcionamento das substâncias existentes no mundo do mar, ou seja, tudo “se desfaz e se desconstrói no próprio movimento pelo qual se edifica, se instala e sistematiza”[4].
O paquete guarda o destino da navegação, como todas as criações que aguardam o seu tempo. Assim, embarcando em sua jornada, fluindo com o sonho das águas[5], o percurso da Ode Marítima compreende a maneira da arte alternativa, encapsulando os destroços (heranças) dos naufrágios e das entidades marítimas – no poema, “reflete-se a crescente autoalienação do indivíduo que faz o inventário do seu passado como haveres mortos. […] A alegoria abandonou o mundo exterior para se instalar no mundo interior. A relíquia vem do cadáver, o souvenir vem da experiência morta que, eufemisticamente, designa-se de vivência”[6]. No entanto, quanto mais perseguimos a tudo isso, mais nos afastamos “para poder encher toda a medida da nossa fúria imaginativa”[7], suportando o peso da verdade, a ira dos oceanos, resistindo ao ímpeto de rotular o exílio que os versos do poema imortalizam a partir de nossas partidas – que agora parece ser o mundo inteiro. Aqui jazem os destroços da Ode Marítima como conteúdos confusos de uma gaveta lançada ao chão[8].
Nesse sentido, a Ode Marítima supera as críticas e exige um leitor que descubra a verdade que molda a sua essência. Isto significa desconsiderar qualquer perspectiva que diminua a sua integridade artística e reduza o poema a um mero fato. Infelizmente, muitos estudos dedicados a Fernando Pessoa caíram nesse abismo. O próprio poema, no entanto, solicita que os seus leitores reconheçam a sua potência como fluxo em constante mudança – como ondas “dando de encontro a rochedos”[9]. É somente por meio desse reconhecimento que a Ode Marítima consegue existir, pois o poema carrega consigo uma verdade profundamente ancorada em sua natureza artística. Em essência, diz-se que os versos do poema são o epítome da arte objetiva, onde sua leitura expõe elementos reais que ressoam no mundo e exigem ser reconhecidos com base no seu conhecimento autônomo.
Para compreender a potência da Ode Marítima, é preciso mergulhar (ou talvez naufragar) na verdade profunda e na profundidade artística que envolvem a obra. O verdadeiro foco está em compreender o poema como fenômeno de linguagem – e não apreendê-lo em uma leitura biográfica ou de qualquer outra ordem, pois
uma história aprofundada da literatura deveria portanto ser compreendida não tanto como uma história dos autores e dos acidentes de sua carreira ou da de suas obras, mas como uma história do intelecto enquanto produtor ou consumidor de “literatura”.[10]
A presença da voz que canta o poema muitas vezes mascara esse fenômeno, criando uma ilusão de subjetividade poética. Porém, por trás dessa fachada, existem outras vozes dentro da voz de Álvaro de Campos, que falam devagar e revelam – “como a revelação brutal do abismo”[11] – a força da arte poética. Essa força, que é “alma a transbordar de Mar”[12], sugere metafisicamente o mundo, as suas sensações e as profundezas da alma humana (com um ímpeto de “apertar tudo isso ao peito, senti-los bem e morrer”[13]). Por meio da linguagem, que é múltipla e única, a Ode Marítima capta um instante da realidade que emula qualquer outro instante, desvendando o poder latente da expressão artística. O poder da verdade alinha-se ao poder de expressar o eu interior poemático, que, marginalizado por normas sociais, testemunha o inconciliável, “o soluço absurdo que as nossas almas derramam”[14]. À maneira de Álvaro de Campos, “sozinho, no cais deserto”[15], procura-se a reconciliação com a linguagem por meio de uma linguagem não verbal – ou seja, a essência artística da Ode Marítima prospera ao renunciar os parâmetros lógicos de pensamento.
Nesse sentido, a Ode Marítima faz com que os leitores se lancem no mistério da vida por meio dos fluxos e refluxos da palavra. Isso – que “vem do fundo do Longe, do fundo do Mar, da alma dos Abismos”[16] e que leva os leitores a mergulharem nas profundezas da verdade – desperta a chama que queima no vazio existente além do reino da palavra. Esta constatação leva-nos a compreender que a autonomia do conhecimento poético manifesta-se como ampla experiência, onde a sua potência é mais vibrante – “oscilação viciosa, vasta, violenta”[17]. Assim, o poema incorpora a própria essência da experiência marítima, como um arquétipo encarnado. Verso a verso, Álvaro de Campos levanta profundas questões metafísicas sobre a arte, afirmando que a sua consciência artística é o aspecto definidor da sua humanidade. No sentido do poema, declara: “Toda a vida marítima! Tudo na vida marítima! / Insinua-se no meu sangue toda essa sedução fina / E eu cismo indeterminadamente as viagens”[18].
“Com todos os mares, todos os estreitos, todas as baías, todos os golfos”[19], a Ode Marítima tem um equilíbrio fascinante e delicado, solidificando a força da poesia e diferenciando-a de uma mera racionalidade sentimental. “Subitamente abrangendo todo o horizonte marítimo”[20], o poema incorpora forças opostas – reminiscência do conceito hegeliano – e existe como transgressão no âmbito poético. É neste ambiente, “um deserto dentro de nós”[21], que os versos se ancoram, posicionando-se como meio de sobrevivência e fenômeno da vida. Mas não é apenas um reflexo da vida, como “navios indo e vindo”[22], é personificação da potência artística que sugere uma experiência marítima que transcende a natureza fugaz da vida e origina a consciência genuína da arte poética – como um “espírito de bruxa dançando invisível em volta dos gestos”[23].
Neste domínio, um sentimentalismo notável, desprovido de qualquer ligação biográfica, habita a essência do objeto cobiçado, o paquete, e lança um ataque à distância (como quem atira uma bomba ao destino), desvendando a autêntica potência do poema – sempre “em direção a algo de aberto, de ocupável, talvez a um tu apostrofável, a uma realidade apostrofável”[24]. Esse processo acontece “através duma imaginação quase literária”[25] de um eu alternativo, em harmonia com o poder da linguagem, onde o objeto prospera e, “com tal velocidade desmedida, pavorosa”[26], passa por uma revitalização. Assim, a essência genuína da Ode Marítima, entidade intangível por si só, serve de baú para todas as imagens marinhas, e os seus versos são fusões transbordantes de sensações e intelectos, ou seja, a arte – “a máquina de febre das minhas visões transbordantes”[27].
A complexidade da potência artística da Ode Marítima está encapsulada num anseio profundo, “insensivelmente evocado”[28], onde o seu canto poético serve como evidência de um brilho evocativo e da persistência de uma linguagem poética que não consegue compreender a verdadeira essência da vida sem primeiro pronunciar o seu nome. De outra maneira, assim como as experiências de vida não têm significado para os vivos, os versos da Ode Marítima não se inspiram na vida, mas na persistência de uma realidade simples: a necessidade de soprar arte às estruturas da vida, “no seu conjunto nervoso, histérico, absurdo”[29]. Assim, a verdadeira vida acontece quando ultrapassa os limites da existência biológica e encontra a sua essência no reino das palavras.
Nesse sentido, podemos dizer que a Ode Marítima não tenciona a comunicação. Em vez disso, evolui para uma forma de poesia que rejeita a ideia da linguagem como transportadora de quaisquer significados numa “vertigem ténue de confusas coisas na alma”[30]. Esta poética, portanto, não pretende criar uma imagem ou réplica de algo, nem servir como instrumento de comparação. Ela, antes, está ancorada na consciência metafórica, que é então traduzida em um “chamamento confuso das águas”[31].
No âmbito da potência artística, a Ode Marítima assume grave importância, exigindo uma autonomia própria e uma estrutura única que a diferencie de qualquer outra obra, visto que evoca “a voz inédita e implícita de todas as coisas do mar”[32]. Seus versos representam o poder de uma linguagem distinta que preenche as lacunas entre a linguagem poética encontrada nas coisas e a linguagem dos seres humanos. A dívida poética para com ambas as linguagens não cria modelo ou equiparação, pois a linguagem poética não envolve uso prático ou utilidade, mas a nomeação das coisas e a vivência dos versos, que “não são, como as gentes pensam, sentimentos (esses têm-se cedo bastante), – são experiências”[33]. O próprio título do poema é um verso que serve como símbolo único da existência extraordinária e elevada que é moldada pela arte da poesia. Pulsa, portanto, nos versos de Álvaro de Campos, um retrato imperfeito da vida marítima, mas a essência da vida é expressa de forma inequívoca por meio “dos naufrágios, das viagens longínquas, das travessias perigosas”[34].
A linguagem poética expressa a essência fundacional da qual emergem os versos (assinaturas heteronímicas), tocando os aspectos intangíveis e inatingíveis da existência. Diz-se: “leitura embarcada: subimos a bordo, deixamo-nos levar, derivar em direção a costas desconhecidas; vamos ao ritmo das ondas, ao sabor das correntes”[35] e assim nos identificamos, “não necessariamente com o herói, mas como o movimento da escrita. […] Ao final de um momento, tenho pressa de escrever…”.[36] Esse não é um gesto metafórico, mas literal, que confere significado às ocorrências insignificantes da vida, dando-lhes o poder de um nome. Em essência, a consciência artística que há na Ode Marítima dissipa-se no tecido poético da existência, imbuindo-o da vitalidade que sempre almeja.
Esse é o propósito da poesia e a trajetória de sua autonomia. O poema funciona como advertências intelectuais, destacando a interconexão entre sensação e pensamento e afirmando que o conhecimento poético é um conhecimento por si só. Essa artisticidade, que por vezes sugere um conhecimento metafísico independente do sujeito, enfatiza agora o prazer de pronunciar palavras pelo seu valor artístico, sem ser sobrecarregado por quaisquer implicações implícitas ou explícitas. Os versos do poema ao luar, entre o horizonte dos céus e dos oceanos: riscos dourados, riscos carmesins, entre a verde espuma e o sal. “Afrodite nascida da espuma: é o que quer dizer seu nome”[37].
Se quisermos nos envolver com o poema, precisamos embarcar em uma viagem para além da superfície das palavras, mergulhando nas profundezas onde reside o Leviatã e a âncora meio submersa da imaginação[38]. Na Ode Marítima há um desdobramento de sensações desapegadas de constrangimentos físicos, e nossos olhos traçam os caminhos desse acordo tempestuoso com a poesia. À medida que o poema segue ao insondável horizonte do mundo, o futuro aguarda, com olhos que antecedem a era da barba branca do velho marinheiro. O poema culmina num naufrágio, pois capta a essência das águas tumultuosas. Enquanto lemos, alcançamos a era das navegações, e a Ode Marítima ruma para um reino distante, enfrentando a cada instante a possibilidade de desastres náuticos. Há, assim, um delicado equilíbrio, que oscila entre o perigo iminente do naufrágio e o caos de seus destroços, pois “cada obra de arte é um instante; cada obra conseguida é um equilíbrio, uma pausa momentânea do processo, tal como ele se manifesta ao olhar atento”[39]. O poema, que mergulha nas profundezas do signo, ultrapassa os limites da compreensão.
Parece haver uma natureza poética dentro do verso Ode Marítima, um encontro puramente artístico de substância absoluta. Esse encontro separa-se da consciência empírica do leitor, criando uma autonomia para a compreensão da arte: uma experiência de segundo nível. Isso demonstra que o quadro empírico é substituído por uma qualidade artística objetiva das palavras, como o cais e a sua atmosfera que penetram fisicamente[40]. Nesse sentido, compreender a Ode Marítima não significa explicá-la, tendo em vista que o ato de explicar reduz o desconhecido e o novo ao âmbito familiar. O poema de Álvaro de Campos, no entanto, resiste a tal tratamento: “é a expressão harmônica de nossa consciência das sensações: isto é, nossas sensações devem ser expressas de tal modo que criem um objeto que será uma sensação para os outros.”[41]
O espírito da Ode Marítima não pode ser reduzido à mera representação mundana de marcação de pontos geográficos seguros para navegação. A expedição que o poema nos propõe enquanto experiência de leitura foi e continua a ser algo mais grandioso. Para compreender verdadeiramente a potência de seus versos, é preciso compreender a audácia e a coragem necessárias para nos aventurarmos no território incógnito da nossa própria existência. É só por meio dessa viagem que podemos viver plenamente o poder por trás dos últimos versos da Ode Marítima e prestar homenagem ao legado artístico de Fernando Pessoa e às múltiplas rotas de leitura que se desdobraram sob a sua força criativa.
Parte, deixa-me, torna-te
Primeiro o navio a meio do rio, destacado e nítido,
Depois o navio a caminho da barra, pequeno e preto,
Depois ponto vago no horizonte (ó minha angústia!),
Ponto cada vez mais vago no horizonte…,
Nada depois, e só eu e a minha tristeza,
E a grande cidade agora cheia de sol
E a hora real e nua como um cais já sem navios,
E o giro lento do guindaste que, como um compasso que gira,
Traça um semicírculo de não sei que emoção
No silêncio comovido da minh’alma…[42]
Assim como os vestígios da exploração literária de Álvaro de Campos, devemos continuar acompanhando os versos da Ode Marítima, observando como nos provocam ou nos dificultam, afirmando o seu domínio enquanto Arte. Mas seremos nós, tal como o poeta, capazes de traçar os vestígios da sua existência naufragada e, ao mesmo tempo, navegar numa rota de fuga à interpretação? Poderemos ler a Ode Marítima sem nos enredarmos nas nossas expectativas, abraçando a desorientação que o poema nos impõe como se estivéssemos num abismo? Teremos resiliência para suportar a intensa vertigem que os seus versos nos suscitam? Teremos capacidade? Em última análise, o que está diante de nós? O que buscamos? Estas são apenas algumas questões que a Ode Marítima nos apresenta, impulsionando-nos numa expedição contínua em direção ao Leste – aos confins do Leste. À medida que seguimos essa jornada, nossas memórias e nossos esquecimentos são moldados pelas indagações que surgem ao percorrer o caminho. É dessa maneira, portanto, que devemos abordar o poema: como se estivéssemos prestes a desencadear uma força sobre o destino ou como alguém que, tendo desencadeado essa força, procura o destino para enfrentá-la.
Referências
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“Esse murmúrio é o som do discurso épico, no qual o sólido e inequívoco encontra-se com o fluido e ambíguo, apenas para novamente se despedir. […] As epopeias desejam relatar algo digno de ser relatado, algo que não se equipara a todo o resto, algo inconfundível e que merece ser transmitido em seu próprio nome” (ADORNO, 2003, p. 48). ↑
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